No domingo, tal como no sábado, fiz aquelas coisas normais
de tomar o pequeno almoço, tirar sangue (as agulhas e as picadelas já começavam
a ser uma rotina), tomar banho e voltar para a cama. Nesse dia os meus pais não
me iam ver, e eu até percebia. Era fim de semana, não havia novidades sobre o
meu estado, eu sentia-me bem. Não irem um dia não fazia mal. Ainda assim, nesse
dia tive visitas. Amigos da santa terrinha, 2 dos meus imensos primos e as
visitas das minhas colegas, já as considerava visitas também para mim. Foi aí
que descobrimos que realmente a Paula me conhecia de me ter visto no facebook,
o meu primo era amigo do filho dela. Nesse domingo, a enfermeira Inês estava de
serviço à noite. Foi ver o meu soro, e disse-me “ A Ana Sofia tem uma
broncofibroscopia para fazer, vou já avisando.” E eu “ uma quê?! Isso é o quê?”
. Foi então que ela me explicou no que consistia aquele exame com um nome tão
esquisito. Iam-me enfiar um tubo pelo nariz, que ia dar imagens até aos pulmões.
Quando ela me disse isto, só me lembrei de lhe perguntar “ mas isso não vai ser
já amanha pois não?” e ela responde-me “ não, la para quarta talvez, ainda
demora ate haver vagas”. Fiquei muito mais descansada, não estava a gostar da
ideia de ter de fazer aquele exame! A dona Ana disse que já tinha feito, que
custa um bocadinho. Apetecia-me fazer uma birra e dizer que não queria ir fazer
aquele exame, chorar, bater o pé e dizer que estavam todos enganados, eu estava
boa!
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