segunda-feira, 13 de agosto de 2012

7º Dia

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 Quinta feira, acordei e… o inchaço não tinha passado, muito pelo contrário. O meu braço esquerdo tinha inchado todo, incluindo a mão. Não tinha força para o levantar ( supostamente isto devia ter começado a passar, já estou a fazer a heparina! Já não estava a gostar nada daquilo)… Não podia sair da cama, tinha de fazer tudo na cama ( não fazia a mínima ideia de como ia conseguir lavar o cabelo numa cama)! Não conseguia tirar a roupa sozinha, teve de ser a enfermeira Andreia a fazê-lo e lavou-me o cabelo também. Foi a minha salvação! A Celeste já está melhor, já conversa connosco e já brinca também… Deixei de comer a comida do hospital ao almoço ( pelo menos, sempre que alguém me podia levar o jantar era uma maravilha! ), esperava sempre pela minha mãe para almoçar. Acho uma piada à avó… Ela trata o marido por “meu velhinho” e diz que ainda dão uns beijinhos! Tinha um ecocardiograma para fazer à tarde ( acho que devia ser por causa do inchaço do lado esquerdo). Desci até ao piso 7 de novo. Começaram-me a fazer o exame, e de repente a sala enche-se de estudantes ( pelo menos podiam-me ter avisado), como se não bastasse, a senhora estava a magoar-me imenso e pior ainda, começou a mostrar o que se passava no meu coração e disse “ estão a ver aqui o líquido pericárdico?”… Assim que ouvi aquilo percebi logo que se passava alguma coisa também com o meu coração. Assim que voltei para o quarto chamei logo a Inês para lhe perguntar o que queria dizer aquilo… caso o líquido não desaparecesse, tinha de fazer um procedimento parecido com o que me fizeram no pulmão! ( A sério? Mas isto nunca mais acaba?! Nem o coração se escapa!) Hoje tive o quarto cheio de visitas… O João M., a Margarida, o Miguel, os meus pais e a minha avó… A Margarida deu-me o comer à boca, não me ajeitava só com uma mão. Foi engraçado! Hoje conheci outra enfermeira, a Vitória, que depressa comecei a chamar ViVi. Parecia ser super querida. Uma das minhas veias foi-se outra vez… Veio o enfermeiro João picar-me. Não me conseguia apanhar nenhuma, picou-me (sem exagero) umas 6 vezes de seguida. Elas só me diziam para ter calma… Mas já não conseguia, ele também já transpirava por não conseguir apanhar nenhuma e estar-me a provocar dor! Desistiu, não conseguiu apanhar nenhuma… Quando mudassem de turno de manhã, outra pessoa ia tentar porque tinha medicação para fazer. Foi um alívio tão grande ele ter desistido que só me apetecia dormir e não acordar no outro dia de manhã, já sabia que me iam picar.

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